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Departamento de Justiça dos EUA pode exigir que Google venda o navegador Chrome em processo antitruste

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) planeja solicitar à Justiça que o Google seja obrigado a vender o navegador Chrome. A iniciativa faz parte de um processo antitruste que questiona o domínio da gigante da tecnologia no mercado de buscas e outros segmentos digitais.

De acordo com fontes familiarizadas com o caso, ouvidas pela Bloomberg, o DoJ argumenta que a integração entre o buscador do Google e o navegador Chrome tem contribuído para o monopólio da empresa. Essa integração estratégica permite ao Google consolidar seu poder tanto no segmento de buscas quanto na dominância do Chrome em dispositivos que utilizam sistemas como Windows, macOS e Android.

Além da venda do Chrome, o DoJ também deve pedir que o Google adote medidas para limitar seu controle sobre o Android e o segmento de Inteligência Artificial (IA). Uma das exigências esperadas é o “desacoplamento” do sistema operacional Android de seus produtos e serviços principais, como o mecanismo de busca e a Play Store.

Embora os reguladores não considerem exigir a venda do Android, eles avaliam mudanças que permitam que aplicativos e serviços concorrentes funcionem no sistema operacional sem a necessidade do Play Services — a ferramenta que centraliza grande parte das funcionalidades do ecossistema Google.

No setor de IA, o Google pode ser pressionado a licenciar dados e distribuir resultados de pesquisa de forma mais ampla, facilitando o acesso de empresas concorrentes e desenvolvedores de inteligência artificial. Essa medida é vista como um passo importante para equilibrar o mercado e permitir que rivais melhorem seus produtos usando informações que, até então, eram controladas exclusivamente pela empresa.

Outra possível imposição é que o Google compartilhe mais dados com anunciantes. A iniciativa visa oferecer maior transparência e reduzir a vantagem desproporcional que a companhia possui no setor de publicidade digital.

Além disso, o Google já enfrenta restrições impostas anteriormente, como a proibição de firmar acordos exclusivos. Um exemplo disso é o contrato da empresa com a Apple para ser o mecanismo de busca padrão no navegador Safari, que tem sido alvo de críticas por promover práticas anticompetitivas.

Apesar da pressão, o Google não comentou oficialmente as alegações. No entanto, especialistas acreditam que a empresa deve recorrer de qualquer decisão desfavorável. A previsão é de que o caso seja julgado apenas em 2025, o que dará ao Google tempo para ajustar sua estratégia jurídica.

O resultado desse processo pode redefinir o futuro do mercado tecnológico, limitando o alcance do Google em setores estratégicos e oferecendo mais espaço para a concorrência. Se confirmado, o pedido do DoJ representará uma das ações mais drásticas contra uma gigante da tecnologia na última década.

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